Na Campus Party, prefeitura falou de caça ao Aedes Aegypt contra dengue. GCM programa início de sobrevoos para as próximas semanas.
Os drones são a nova arma do Corpo de Bombeiros no combate a incêndios e outras ocorrências na cidade de São Paulo. Desde setembro de 2015, quando entraram em operação as duas aeronaves usadas pela corporação, os veículos aéreos não tripulados (vants) já foram usados em 20 grandes operações, afirmou Capitão Otávio Rodrigo Barelli nesta quinta-feira (28) durante a Campus Party.
Ainda este ano, a Guarda Civil Metropolitana e a Secretaria de Saúde de São Paulo planejam testes para monitoramento e combate ao mosquito Aedes Aegypt, respectivamente.
Até o início da apresentação dos Bombeiros, o incêndio em uma empresa de papel, em 1º de janeiro, havia sido a última atuação do drone. antes do fim da discussão, porém, dois bombeiros que acompanhavam Barelli deixaram o palco e levaram o drone.
De acordo com o capitão, uma das aeronaves a serviço dos Bombeiros foi cedida pela Prefeitura de São Paulo e custou menos de R$ 8 mil; a outra foi doada pela Receita Federal. Eles auxiliam os 2,1 mil bombeiros que atuam na capital paulista. “O número parece expressivo, mas é insignificante perto do tamanho dessa cidade”, comentou Barelli.
A operação aérea usando os vants é coordenada com a Aeronáutica que flexibilizaram as regras para a operação imediata, diz Barelli — as regras publicadas pela Força Aérea Brasileira (FAB) no ano passado determinam que os voos sejam comunicados com antecedência. “Não dá pra gente programar incêndio, né”, diz Barelli.
“A gente considera que a regulamentação é aberta e ampla, mas existe a regulamentação.” Durante uma ocorrência, os drones são enviados para sobrevoar e uma área em que há incidentes. As imagens captadas são transmitidas em tempo real para o piloto. Com isso, economizam dinheiro, ao evitar o deslocamento de helicópteros, e tempo, ao facilitar a decisão de onde atuar primeiro.
Saúde
A Secretaria de Saúde da cidade de São Paulo planeja para fevereiro o início do uso de um drone para encontrar focos do mosquito Aedes Aegypt, vetor de doenças, como dengue, chikungunya e zica, associada ao nascimento de crianças com microcefalia.
O drone ainda não foi adquirido. Segundo Ana Claudia Ferreira, do Núcleo de Mídias Sociais e Tecnologia da pasta, a secretaria estuda se compra ou fabrica seu próprio drone.
De acordo com Ana, a estratégia é sobrevoar casas reincidentes em não eliminar focos do mosquito e pontos potenciais para o surgimento ou disseminação do inseto, como borracharias ou lugares abandonados. “Não é um voo controlado em cima de um campinho. É uma responsabilidade muito grande”, diz Ana.
GCM
A GCM também não possui seu vant, mas tem expectativa de iniciar testes nas próximas semanas. O intuito é levar o monitoramento feito por câmeras fixas a áreas de manancial, de risco, de invasão e de descarte irregular de resíduos.
A Guarda também analisa como operar sua aeronave dentro das normas liberadas pela Aeronáutica. “O que a gente não pode esquecer é que o drone é uma máquina. E máquinas falham. E se ele parar de funcionar em cima de uma plateia? Vai cair em cima das pessoas. por isso, temos de trabalhar com segurança”, comentou o diretor da central de telecomunicações, inspetor Expedito Marques.
FONTE: G1
Helton Simões Gomes
Do G1, em São Paulo